Encontro dos Centros e Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacons/Unacons) reuniu especialistas no Plenarinho da Assembleia Legislativa
A Assembleia Legislativa do RS recebeu, nesta segunda-feira, o encontro de Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacons) e Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacons). No evento foram apresentados os resultados de uma pesquisa inédita sobre a jornada da paciente com câncer de mama, realizada pelas empresas Roche Farma Brasil e Educare com as principais instituições de saúde gaúchas.
Segundo o deputado estadual, Thiago Duarte, que abriu os trabalhos no Sala João Neves da Fontoura (Plenarinho), o objetivo do evento foi discutir protocolos na Oncologia para garantir o acesso a quem tem dificuldade no tratamento. “Com validação deles, conseguimos diminuir a judicialização e estes recursos podem chegar a três vezes mais pessoas”, reiterou.
O câncer de mama é o tipo de tumor mais frequentes em escala global, nacional, estadual e municipal. Conforme o CEO da Educar, a pesquisa envolveu 17 Cacons e Unacons. “A importância desse projeto é a gente conseguir capturar esses dados por aqueles que fazem tratamento direto dos pacientes”, ressaltou. Para Nayara Carlos, líder da Roche, é preciso que o paciente seja tratado a tempo, o que muitas vezes não acontece. “A essa demora para ter acesso a uma consulta ou a sessão radioterapia ou cirurgia, chamamos de ‘Gap de jornada’”, conta.
Entre os maiores problemas, número insuficiente de mamografia, diagnósticos tardios, demora para início do tratamento, entre outros. “Com esses dados reais, será possível instrumentar os gestores para implementação de políticas públicas adequadas para o diagnóstico e o tratamento da doença”, contou uma das palestrantes, a médica oncologista Alessandra Morelle. Com ela, estiveram o também oncologista, Otávio Al-Alam, e a enfermeira Valesca Cezar.
O intuito dos Cacons e Unacons, de acordo com o Ministério da Saúde, é oferecer assistência integral, geral e especializada, ao paciente com câncer. Eles atuam no diagnóstico e tratamento do paciente, independentemente de ser um estabelecimento de saúde pública ou privada.
Como produto final da discussão, foi redigida uma carta de recomendação aos gestores públicos responsáveis pela regulamentação de políticas públicas para câncer de mama no Rio Grande do Sul.