A nova unidade tem como objetivo unificar as atividades do Hospital Fêmina, do Hospital da Criança Conceição e do Centro Obstétrico do Hospital Nossa Senhora da Conceição. A futura estrutura também será especializada no atendimento a crianças e adolescentes, além de contar com um centro dedicado à pesquisa e ao ensino.
Ministro Alexandre Padilha assinou parceria com o BNDES para a modelagem de unidade que será construída via PPP, com investimento estimado de R$ 1 bilhão
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou contrato na manhã deste sábado (30) com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a elaboração de um projeto de modelagem econômica e financeira para a construção de um novo hospital do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). O ato aconteceu no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre, como parte da programação de um congresso promovido pelo conglomerado de saúde pública.
A intenção é que a nova unidade agregue as atividades do Hospital Fêmina, do Hospital da Criança Conceição e do Centro Obstétrico do Hospital Nossa Senhora da Conceição. A futura estrutura também terá especialidade no atendimento a crianças e adolescentes e um centro de pesquisa e ensino.
— Anuncio que se chamará Centro de Pesquisa e Ensino Luis Fernando Verissimo, para homenagear esse grande escritor e intelectual do Brasil. Que ele nos inspire — afirmou Padilha, horas após a notícia da morte de Verissimo, aos 88 anos.
A área para a realização da obra não está definida, mas será no entorno do complexo do GHC, no bairro Cristo Redentor, em Porto Alegre. Pelo menos três terrenos são apontados como alternativas. A expectativa é de que o novo hospital, ainda sem nome, esteja operando em até seis anos.
— É um projeto que vai modernizar toda a estrutura do GHC. Vai se utilizar do que tem de mais moderno em automação, tecnologia da informação e maquinário. Vai ser um modelo de funcionamento hospitalar — idealizou Padilha.
A obra tem investimento estimado de R$ 1 bilhão e será executada via Parceria Público-Privada (PPP). A elaboração da modelagem econômica e financeira pelo BNDES deve levar até 24 meses, estima Jorge Branco, gerente de Projetos do GHC. Depois, um edital de licitação será lançado para contratar o parceiro privado.
A empresa que vencer a concorrência terá de construir o prédio e entregar a unidade pronta para funcionar, com aparelhos de saúde e mobiliário. O parceiro será remunerado com recursos do orçamento federal e também com a prestação dos serviços não assistenciais do hospital, como manutenção geral, limpeza, segurança e estacionamento, exemplifica Branco. O governo federal vai pagar ao parceiro pela realização dessas atividades.
Detalhes, como o tempo de contrato com o parceiro privado, serão estabelecidos na modelagem do BNDES, mas o gerente de projetos destaca que a legislação prevê a possibilidade de até 35 anos.
A gestão hospitalar, o serviço e a carreira dos trabalhadores da saúde serão mantidos sob controle do GHC. O atendimento será pelo SUS.
A previsão é de que, quando a nova unidade estiver funcionando, o Hospital Fêmina, dedicado à saúde da mulher, deixe de operar no atual endereço, na Rua Mostardeiro, no bairro Rio Branco. Não há definição sobre o futuro do imóvel.
— A área do Fêmina é um ativo do GHC que vai ter o melhor destino avaliado dentro da modelagem do BNDES. Pode ou não entrar no negócio como forma de remunerar o parceiro. Também pode vir a receber outro serviço de saúde. Não está decidido — enfatizou Branco.