O conselho nacional das entidades de assistência à saúde dos servidores públicos- Conessp, realiza em Brasília o primeiro congresso da entidade reunindo grandes nomes nacionais para discutir um melhor gerenciamento da saúde suplementar nos 15 estados que têm seus institutos ligados ao conessp.
O primeiro dia foi extremamente produtivo, segundo a presidente do conselho, Dra. Daniele Aita, que também é diretora-geral do Iaspi, instituto do Piauí e membro do conessp desde sua criação, em 2016. A abertura foi feita pela presidente que acolheu os presentes, agradecendo a participação e desejando boa sorte nas discussões. “Foram palestras que trouxeram os grandes desafios da saúde suplementar atualmente e que nos permitiram dialogar sobre as boas práticas na gestão e trocar experiências a partir do que dá certo em cada estado”, destacou Dra. Daniele Aita.
A palestra inicial foi com tema : “O Envelhecimento da População Brasileira e Seus Impactos na Assistência à Saúde”, com a Dra. Goldete Priszkulnik – Vice Presidente da SBAM – Sociedade Brasileira de Auditoria Médica. entender a saúde de forma global, envolvendo não só os aspectos curativos, mas também prevenção, promoção, reabilitação e para a população dos idosos a socialização tão importante para a manutenção da saúde mental. ‘É fundamental que trabalhemos formas de engajamento nas ações em saúde para mitigar os impactos de possíveis eventos catastróficos em saúde que possam abalar o financiamento público e a contribuição financeira do ente privado na saúde, quer seja através dos planos coletivos empresariais ou planos pessoa física”, destacou a vice-presidente da SBAM.
Em seguida foi apresentado o tema : “Cenário Econômico e Impactos no Setor de Saúde. Palestrante: Anderson Mendes – Presidente da Unidas Autogestão. Segundo ele, economia e saúde estão caminhando lado a lado e cada vez que a economia cresce, aumenta a adesão aos planos de saúde retirando, assim, a sobrecarga do Sistema Único de Saúde- SUS. ” A economia indo bem, a saúde suplementar também irá, ficará mais eficiente, passa a ser mais inclusiva e isso é muito importante para o cenário”, destacou Anderson.
“ Como Assegurar a Incorporação de Novas Tecnologias Diante do Baixo Financiamento dos Institutos de Assistência à Saúde de Servidores” com o Dr. José Claudio Casali da Rocha – Head de Oncogenética do Hospital A.C. Camargo São Paulo, foi a palestra seguinte. Ele levou aos convidados a várias possibilidades que estão chegando, através das novas tecnologias aplicadas à saúde e como elas podem ser incorporadas sem afetar a gestão dos planos.
A Enfermeira Helena Maria Romcy – Presidente da Associação Brasileira de Enfermeiros Auditores (ABEA) falou sobre “A Prática de Gestão de OPMEs: Como Padronizar? Negociações com Fornecedores, Nomenclatura. Apresentação de Cases”. Ela explicou aos presentes, na prática, como gerenciar órteses e próteses, materiais especiais que são solicitados, com muita frequência aos planos de saúde.
Em seguida a abordagem sobre o “Tratamento Oncológico: Presente e Futuro” , com o Dr. Stephen Stefani- Presidente do Capítulo Brasil da ISPOR. Ele apresentou o tema esclarecendo como incorporar as novas drogas aos planos. ” Nosso compromisso é endereçar estratégias para controlar o recurso, libertar o orçamento e investir em inovação. Outra estratégia é aumentar a pesquisa e tentar repactuar preços. Com isso podemos dar respostas melhores favorecendo os mais vulneráveis”, disse Dr. Stephen.
Fechando o dia Dr. Cesar Abicalaffe – Presidente do IBRAVS trouxe o tema: “Como os dados clínicos e econômicos devem ser utilizados na criação de uma linha de cuidado em VBHC?. Ele conduziu os convidados à um reflexão sobre os modelos de remuneração que hoje são praticados conforme a demanda que é gerada sem agregar valor, sem remunerar de forma diferenciada aqueles prestadores que, realmente, têm o melhor resultado e costumam ter o menor custo para as operadoras.
O primeiro congresso do conessp segue, nesta quarta-feira, com novas e amplas discussões sobre a saúde suplementar no Brasil.